22 de março de 2011

Quanto tempo falta?

Dê-me seu relógio que eu quero saber
Quanto tempo falta para te conhecer.
Seus mais secretos desejos, não são tão secretos,
Culpe apenas suas ações, não seu destino.
Junto com você irei matar meu riso,
Porque assim e o amor, não e mesmo?
Quanto tempo temos? Não e ilógico perguntar,
Afinal, como dizem, “Para Sempre” sempre acaba.
Porem, não importa o que acontecerá conosco,
Após o dia, a noite vai chegar, morrendo novamente.
Uma bela mentira, uma bela realidade,
Aquela que você criou com tanto desespero.
Mas, e se fosse minha vontade implorar o resto da vida?
Sabemos que eu poderia ser exatamente como você,
Devolver ignorância com ignorância, não e o meu desejo.
Preciso de religião, a religião do Deus do impossível,
Estou apenas passando pela vida, porque não aproveitar?
Tudo isso foi feito de mim para você, consegue perceber?
Não digo que a vida é bela, o amor inacabável,
Porque na verdade não são.
Os sonhos foram criados para ninguém
Enlouquecer na decepção, mas vocês, ingratos,
Continuam procurando a verdade, grande burrice.
Diga suas preces, não se esqueça de incluir todo mundo,
Porque nunca há tempo para dizer adeus.

Hellena Landcaster


Eu em você.

 Eu sei que você pensa em mim e lembra de mim
Mas eu não sou assim como você vê
Como você pensa que eu possa ser
Você vê o meu corpo e pensa que sou eu
Ele não é eu ele não é meu
É só uma dádiva dada emprestada
Deus foi quem me deu por breve temporada
É só uma roupagem, densa embalagem
Que não me pertence
Aliás, nada me pertence nesse mundo
Tudo é transitório, tudo é ilusório
Ainda que se pense que o que se vê é pura realidade
Na verdade, o que se está a ver
Não é mais que um lapso
Distorcido da eternidade...

COMPLETAMENTE APAIXONADO

Vai, portanto, não hesites. Procura conquistar todas as mulheres. Em mil, haverá talvez uma para te resistir. E quer cedam, quer resistam, todas gostam de ser cortejadas. Mesmo se fores derrotado, a derrota será sem perigo. Mas por que serias repelido, já que toda volúpia nova parece mais gostosa e somos mais seduzidos por aquilo que não nos pertence? A colheita é sempre mais abundante no campo alheiro, e o rebanho do vizinho tem as tetas mais grossas. (Ovídio, A Arte de Amar)