28 de maio de 2011

Que saudade...

 
 

 Que saudade do teu toque e do teu cheiro, saudade da tua boca, do teu desejo.

Saudade que a tua mão toque no meu rosto, saudade que sussurres ao meu ouvido palavras que nunca ouvi. Saudades de ouvir as ondas do mar abraçada a ti.

Saudade de me guiares até á janela, apontares para o céu e dizeres:

''- Aquela é a nossa estrela, ela vai estar sempre contigo e quando estiveres triste ela irá brilhar ainda mais para te fazer sorrir.''

Saudade dos teus olhos brilhantes. És a estrela que brilha para mim, tanto de noite como de dia !

Apenas saudades ....

...

"Que faz tudo acontecer
A vida não tem graça e o tempo para
Se estou longe de você

Que graça tenho em caminhar
Se nunca chego a perceber
Que estou tão longe e tão distante
De você"

Neste dia de hoje, uma palavra fala mais alto que qualquer outra, saudade!!



Quem é que não tem saudade de alguém que já se foi,
Que deixou a sua marca, o seu brilho em nossas vidas?
Ah, Saudade...
Se você é uma pessoa de fé, não confunda saudade com tristeza.
Mas tenha certeza que não é a morte que interrompe o Amor, o Carinho e o Afeto.
Não chore por aquele que não está mais junto de ti, mas está junto de Deus.
Tenha Lembranças do sorriso, da voz nos seus ouvidos, do momento de carinho e de ternura, dos momentos felizes que passaram e agradeça a Deus por Ele ter permitido que esta pessoa tenha brilhado na sua vida.
Tudo passa tão rápido aqui, que quando vemos, não dá nem mais tempo de dizer eu te amo, você é especial pra mim, que bom ter você ao meu lado...
Tenha Saudade sim, isso faz parte de nós.

"TODOS DIZEM EU TE AMO"

 
Acredito que a maior dificuldade do ser humano é amar. Amar somente. Não necessariamente amar algo ou alguém. Certamente um objeto definido é mais “fácil”, por assim dizer, de amar. Mas amar, verbo indefinido, é dificílimo. Ainda assim, vejo “eu te amo” por todo lado. Todo mundo diz, escreve e canta, e sem a menor propriedade, “eu te amo” com uma facilidade absurda. Mas à menor dificuldade não ama mais. Ao menor esforço, sai correndo. Desiste. E então arranja outro “amor” tão rápido quanto um trem-bala numa estação em cima do gelo. “Te amo, desde que estejas perto”. “Te amo, desde que sejas meu”. “Te amo, desde que sejas como quero”. Se amar é condicional, não se ama. Se amar é um corolário lógico da facilidade, não se ama. E em meio a essa dificuldade verdadeira de amar, estão por aí os “eu te amo” enfeitando os cartões de aniversário, as mensagens nos perfis das redes sociais e os bilhetes de namorados. Conheço pessoas que, para cada par romântico, dizem um estrondoso “eu te amo” e riscam a sua liturgia com muitas coisas lindas para exaltar esse sentimento. E então, num dia qualquer, deixam de amar para automaticamente amar outro e então outro. E isso me cheira a sarcasmo num mundo em que falta amor e sobra discórdia. Mal conheci e aquela vontade de ver, de sentir e estar perto e o “eu te amo” chega a ser um rito formal e até esperado. Se não disser? Está fora do jogo do sentimento – esse que requer a todo o tempo a reciprocidade em qualquer ato e na mesma medida. E então se pensa que quem não diz não ama, ou ama pouco, ou não quer o suficiente. Mas amor, esse sentir que mais que verbo é filosofia e síndrome, este está em desuso, justamente porque de usado não tem nem teve nada. Não sabemos nada, ou pouco sabemos a respeito. Amar um filho é biológico. Amar um pai é antológico. Amar um estranho é esperar demais. E ainda assim, nas raras vezes em que verdadeiramente lidamos com esse sentimento, ainda que indiretamente ou mesmo de longe e aos poucos, colocamos limites a ele. E fico pensando se amor tem limite - temporal, espacial, filosófico ou metafísico - o que me revela que se há limite, não pode ser amor – ao menos o tal amor de que falam os tratados idílicos. De qualquer forma, e premissas à parte, amor é coisa intangível. E, nesse mundo, parece ceder a um pacto antenupcial. Ou mesmo à rotina. Ao tempo. Às ilusões. Amor humano, então, vira utopia. Um norte impossível, inusitado. Devíamos repensar os “eu te amo” deixados a esmo pelos caminhos...