15 de outubro de 2011

Aprendo a Amar


Nada alimenta um coração calado
O amor distante almejado em dor
Seria o egoísmo do ardor da paixão instantânea,
Ou quiçá a coletânea de felicidade momentânea
Que se esvai no rio desesperador?

E que rio é esse jovem poeta?
É chuva de lágrimas advinda do amor?
É a vida em incessante corrente que nos leva à dor, ao amor, à dor...
A morder nossas entranhas na falta da flor?
Nada alimenta um coração calado

Aquele que se cerca

Não nada a vida
Nada vive
Morre nada
Nada alimenta um coração calado

Nunca cale seu coração, poeta
Mesmo que poeta ele não seja
O amor nos traz a vida em poesia
E por vezes nos traz e toma a alegria
E bebe o sangue da melancolia

Então vive jovem poeta,
Cerre os olhos. pare o tempo
E seja eterno em seu sentimento
Recolha as pétalas da flor
Que como lágrimas
Permeiam o rio do amor

Viva jovem poeta, viva
Vá atrás de sua flor
Efêmero é o tempo que se percebe
Efêmera é a vida na falta do amor...

Viva...

Esperança/Mário Quintana


  Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
  Vive uma louca chamada Esperança
  E ela pensa que quando todas as sirenas
  Todas as buzinas
  Todos os reco-recos tocarem
  Atira-se
  E
  -- ó delicioso vôo!
  Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
  Outra vez criança...
  E em torno dela indagará o povo:
  -- Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
  E ela lhes dirá
  (É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
  Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
  -- O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...